Bobby’s World (SNES): O Mundo Nem Tão Fantástico Assim

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Se você cresceu nos anos 90, é bem provável que tenha assistido ao desenho Bobby’s World (ou Fantástico Mundo de Bobby, como foi chamado no Brasil)… aliás, era um dos meus desenhos favoritos. Criado por Howie Mandel, esse desenho misturava a imaginação sem limites de um garotinho cabeçudo com situações familiares engraçadas. E, claro, como todo desenho minimamente famoso da época, ganhou um jogo para Super Nintendo.

E aqui estamos para falar dele. Mas será que o jogo faz jus ao desenho? Bom… Sim e não.

Hoje sem fazer nada pra fazer, peguei meu controle sensacional da 8bitdo, pluguei no notebook e resolvi conhecer essa ”obra prima” dos 16 bits no emulador de Super Nintendo.

O visual: aqui a coisa brilha!

O jogo realmente capta bem o estilo do desenho animado. Bobby e os personagens são bem desenhados, os cenários são coloridos e variados, e até os pequenos detalhes dão um charme especial. Se você quer um jogo bonitinho para encher os olhos, esse aqui pode te agradar.

Mas nem só de gráficos vive um jogo, não é?


Jogabilidade: um mundo menos fantástico

Aqui a coisa já começa a perder a graça. Bobby’s World é um jogo de plataforma que segue a receita tradicional da época: pule, desvie de inimigos, pegue itens e tente não morrer. Até aí, nada de errado. Mas o problema é que o jogo é um tanto travado. O pulo de Bobby é esquisito, o tempo de resposta não é dos melhores, e alguns estágios têm um level design meio… duvidoso.

Tem momentos que você sente que está jogando contra o jogo, e não com ele. E isso é frustrante. Olha, confesso.. se o jogo fosse de forma fluída como a maioria dos jogos de plataforma, seria bem interessante.

A diversão existe, mas…

Não é que Bobby’s World seja um jogo ruim. Ele tem seu charme, principalmente para quem curte jogos de plataforma e tem uma boa dose de paciência. Os mundos são variados e trazem aquelas situações malucas do desenho, como andar de triciclo no meio do trânsito e explorar cenários bizarros que parecem saídos da cabeça de Bobby.

Mas aí vem o problema: o jogo não tem aquele fator “quero jogar de novo”. É aquele tipo de game que você zera uma vez, acha legal, mas não sente vontade de voltar. Diferente de Super Mario World ou Donkey Kong Country, que têm controles afiados e desafios bem planejados, que tem um fator replay muito alto…. aqui a experiência é meio inconsistente.


Vale a pena jogar?

Se você tem uma nostalgia forte pelo desenho, pode até valer a pena dar uma chance. Os gráficos são bonitos, o jogo tem momentos divertidos, e a trilha sonora é bacaninha (ainda que nada memorável). Mas se você busca um jogo de plataforma realmente bom no SNES, há opções melhores.

Em resumo, Bobby’s World é como aquele lanche bonito que você compra pela embalagem, mas que ao dar a primeira mordida percebe que falta tempero.

Diverte? Sim. Mas poderia ser muito melhor.

Autor

Cássio Freire
Cássio Freire
Amante dos retrogames, vivi intensamente a era de ouro das locadoras e dos 16 bits. Cada pixel carrega uma memória, cada fita soprada uma história. Aqui, luto para manter viva a chama da cultura retrô e compartilhar essa paixão com quem também sente saudade dos bons tempos.

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